39 – Luffy faz das suas! Rapazes ou raparigas?
O sol entrava pelas
janelas anunciando que o dia já começara. Sendo quarta-feira Ana foi a primeira
a levantar-se tentando fazer o mínimo de barulho possível para não acordar a
amiga.
Ainda meio ensonada a
pequena dirige-se até à casa de banho passando pelo espelho do quarto. Uma
sensação estranha faz com que ela se vire encarando o seu reflexo. Um grito
ecoa pela divisão.
- Que porra é esta?!
SENPAI!!!
Cátia mexe-se dentro
dos cobertores:
- Hum, que foi?
- Eu sou um rapaz!
- Quê? – A aluna de
história senta-se na cama.
- Eu…sou…um…rapaz.
Olha para mim. O meu peito foi-se!
- Mas que porra é
essa?! – A rapariga quase tem um enfarte ao olhar para a amiga/o.
- Isso gostava eu de
saber. Não me lembro de ter comido rebuçados nos últimos meses. Espera… Tu
também és um rapaz. – Encara Cátia de alto a baixo. – E és bem bom se queres
que te diga.
Em choque a aluna de
história olha dentro das calças:
- TENHO UM PÉNIS!!!
- Pára tudo. Se eu
tiver uma coisa dessas dentro das calças temos um problema sério. – Espreita
rapidamente. – Ok, temos um problema.
- Apesar disto ser o
sonho de qualquer fujoshi não estou a gostar.
- Olha que eu também
não. E pior, tenho de ir à casa de banho e não sei como é que isto se usa. E
porque é que mesmo sendo um rapaz continuo pequena?
- Precisamos do
Chopper já! E roupa decente.
- Parece que temos
de fazer um desvio à lavandaria. Mas primeiro… - A pequena corre em direção à
casa de banho.
- Cuidado!
- Eu sei!
- Vou precisar de
umas luvas…
- Agora é que tu te
lembras disso? – Regressa parecendo mais aliviada. – Não me faças perguntas.
- Claro, não posso
deixar que vejam a tatuagem enquanto sou…homem(?)
- Porra, vou ter de
andar de gravata apertada.
- Vamos. E sê
discreta.
- Olha quem fala. –
Ana assume a forma de gato. – Uma poça de água a andar por aí num dia de sol é
bem mais discreto.
Ignorando o
comentário as duas partem em direção à lavandaria masculina. Chegando lá
começam logo a procurar uniformes do seu tamanho. Infelizmente isso tornara-se
uma tarefa bastante complicada pois duvidavam que existisse algum rapaz na
escola do tamanho de Ana.
Ao fim de quase
quinze minutos, e com alguns ajustes, conseguiram encontrar o que queriam.
- Não acredito que
estou a vestir a roupa de um desconhecido. – Suspirava Cátia visivelmente
contrariada.
- Pensa positivo
senpai, ao menos não precisas de roupa íntima.
Já vestidos, os
dois, sim porque agora são meninos, traçam caminho até à enfermaria. Faltava
pouco tempo para começar as aulas e a pequena não fazia ideia de como se
apresentar a Sanji naquela forma.
Por sorte a
enfermaria já estava aberta, pois Chopper levantava-se sempre cedo.
Elas entram e fecham
a porta. Não havia sinal da rena, possivelmente estaria na arrecadação.
- Sensei! – Chama
Cátia. A sua voz era grossa e cristalina. A de Ana era idêntica à do seu pai
mas mais suave.
A pequena rena
aparece instantes depois com um ar surpreso.
- Quem são vocês? E
porque é que têm um cheiro parecido ao da Ana e da Cátia?
- Somos nós
Chopper-sensei! – Grita a aluna de culinária.
- Eh!?!
- Acordamos assim
esta manhã sensei. Tem de nos fazer voltar ao normal. – Suplica a aluna de
história.
Após recuperar do
choque, Chopper pede aos rapazes que se sentem na maca para os analisar. Depois
de um monte de testes e exames diferentes o médico libera-os.
- Parece que já
descobri onde foi parar a minha experiência.
- Como? – Perguntam
os dois em uníssono.
- Desapareceu uma
garrafa daqui da enfermaria. Era uma experiência incompleta minha sobre a troca
de corpos. E pelo que eu constatei foram vocês que a beberam.
- Impossível, nós
nem viemos à enfermaria ontem. – Afirma Ana.
- Alguém vos pode
ter feito bebê-la. Era um líquido cor de laranja.
“O sumo do jantar de
ontem!”
- E agora? –
Questiona Cátia vendo o nervosismo da amiga.
- O efeito é
temporário. Não posso dar certezas mas ao final do dia devem voltar ao normal.
O melhor é irmos falar com o Sanji por causa de ti Ana.
Consentindo, os três
deixam a enfermaria e seguem para a sala de professores. Àquela hora deviam
encontrar-se lá todos a prepararem-se para as aulas.
Assim que entram Ana
corre logo para Sanji afim dele a consolar. O problema é que a rapariga
esquecera-se de que o professor detesta homens e ao não reconhecer a sua
preciosa aluna Sanji preparava-se já para dar um pontapé na cara da coitada
quando Chopper o impede com um ar acusador. O médico faz questão de explicar a
situação.
- Ana-chwan és mesmo
tu? – Sanji olhava para o rapaz à sua frente ainda em dúvida.
- Sim sensei.
- Por acaso alguém
mexeu nas minhas coisas? – Pergunta Chopper ignorando o encontro comovente.
Ao longe Luffy suava
muito e olhava para os lados.
*Na noite anterior*
Monkey D. Luffy passeava-se
pelos corredores da sua escola à procura de alguém com quem brincar quando vê a
luz da enfermaria acesa.
Correndo até lá
grita o nome de Chopper mas parecia que o médico não estava. Foi quando sentiu
um cheiro bom vindo da secretária. Duma garrafa com um líquido laranja vinha o
tal cheiro.
- O Chopper fez
sumo!
Sem cerimónias o
diretor pega a garrafa e encaminha-se para a cantina. Era hora de jantar e
estavam lá todos os alunos incluindo Cátia e Ana.
As raparigas tenham
acabado de se levantar para irem buscar a comida e os copos nos tabuleiros
estavam vazios. Supondo fazer a sua boa acção do dia, Luffy verte o líquido
cheiroso nos copos das alunas e sai todo alegre.
***
Estava todo inchado
na cara dos murros que Nami lhe dera depois de contar que fora ele. As duas
raparigas nem ficaram chateadas, afinal era típico do diretor fazer aquelas
loucuras.
Sanji afagava o
cabelo de Ana num momento íntimo e constrangedor.
- O Sanji-san está a
desviar-se do seu caminho. Yohohohoh. – Comenta Brook divertido.
- Ao menos já não a
engravida. – Fala Robin bebendo um pouco de chá.
Enquanto isso Cátia
estava encostada a um canto a conversar com Franky e a atenção de Zoro sobre
si. Como trazia a gravata folgada e três botões da camisa aberta dava para
vislumbrar um pouco da tatuagem que passava pelo ombro. Era uma visão
cativante.
Dá o toque do início
das aulas. Por mútuo acordo Ana iria assistir à aula de um sitio escondido e
Cátia ficaria na sala de professores sob vigia caso acontecesse algum efeito
colateral e isso incluía ficar sozinha com um professor à vez, começando por
Nami.
Hoje temos aniversário...
Hoje é o aniversário do nosso músico favorito, Brook de One Piece.
Por isso hoje é a nossa vez de cantar para ele.
Parabéns Book-sama :)
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